sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

a 1º promoção a gente nunca esquece

Acabo de entrar no blog. 50 visitas (várias são minhas, sem dúvida). Mas, muito por acaso, porque isso não faz parte do meu cotidiano, lembrei da bendita propaganda que pegou: “51, uma boa idéia”. Como todo bom bar que se preze, lanço aqui a primeira promoção do buteco pessoal. O cliente número 51 ganha uma cerveja e escolhe o petico, que pode ser moela, rabada, peito de boi, e por aí vai (o cardápio ainda não foi impresso, mas é só pedir que incluímos). É só postar um comentário e dizer onde quer que a promoção ainda é delivery (vi isso num buteco e estou introduzindo aqui, que achei o nome bonito, mas num sei o que significa ainda). Boa sorte a todos os 3 leitores.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

primeiro emprego

Uma amiga. Procurando pelo primeiro emprego. Normal. Quer dizer, seria normal se ela não tivesse 30 anos e nunca tivesse trabalhado. Mas vá lá, é amiga. Num tem completo o segundo grau. Foi num salão de beleza.
– Oi, sou a...
– Oi, veio pra entrevista? Senta aí! Primeira coisa, você é estrela?
– É, pra entrevista... estrela?
– É que antes de você trabalhou aqui um veadinho que se achava estrela. No segundo dia já mandei ele ir pra Globo, pro programa da Angélica, que aqui num era o lugar dela! Qué aparecer mais que a Soraya, dança?
– A Soraya é a dona?
– Não, a dona sou eu, mas ela é quem comanda o salão.
– Quer dizer que tenho que ficar amiga da Soraya então?
– É... mais ou menos...
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– Ah, eu sou lésbica. Se a mulher não me pagar eu como ela!
– Ai meu deus, eu gosto de pinto...
– Fica tranqüila, vai fazer muita depilação de homem. Mas tudo bicha!
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Amanhã é seu primeiro dia de trabalho. Desejei boa sorte (e quem sabe boas histórias pra cá...).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

mais um dia...

Chego do trabalho (é, trabalho...), coloco uma moela pra esquentar na panela (a mesma usada pra esquentar a rabada de ontem), coloco umas 5 latinhas de cerveja no congelador, dei uma talagada na Barril 39 antes do banho, que ninguém é de ferro (aqui alguns parênteses: 1 – a Barril é uma bela duma cachaça, lá de Valença; 2 – chuveiro queimado há alguns meses; 3– não por falta de dinheiro pra arrumar, que é só trocar uma resistência, coisa simples; 4 – mas falta de tempo (na verdade de tempo pra arrumar chuveiro); 5 – então mais fácil e mais prazeroso tomar uma cajurana antes; 6 – a de depois já é de lei, com chuveiro queimado ou não).

Depois do banho, rápido, porque mesmo depois de uma garrafa, banho gelado é pra maluco, desliguei a panela da moela, já queimando (e aqui é cronometrado, o tempo do banho e da fervura do tira gosto). Coloquei o petisco num prato, já comecei dando umas beliscadas. Da geladeira a cerveja gritava por socorro. Sentei no sofá, já com os defeitos da minha coluna, pra não incomodar mais. Pego o controle da TV e lá vai, Flamengo e... Silencioso, Silenciano, sei lá o nome – na verdade eu pergunto, que time é esse?

Ia assistir mas desanimei. Futebol já assisti domingo. E o atrativo no futebol não é o futebol propriamente dito (vale esclarecer que gosto muito de jogar futebol, mas assistir nem tanto), mas os acompanhamentos. Ou no estádio, que dá uma emoção danada, ou num buteco qualquer, que não precisa ter a preocupação de que vai acabar a cerveja daqui a três latinhas. Pensei em descer, mas lá se vão 27 dias de fevereiro e dinheiro num rende até o final do mês. Ainda mais com carnaval no início e semifinais e finais da taça Guanabara. A conta no Panamá já ta estourada e o português (nunca lembro o nome dele, não adianta) não deixa o pessoal servir mais nada. A última aquisição no Panamá é a moela que acabou de acabar. Sempre que sobra, o Macarrão, um dos funcionários do português e meu vizinho, faz uma quentinha pra ele e pra mim.

Cerveja também acabou. Macarrão se vier com alguma coisa (e só depois da meia noite), é só pra beliscar. Tava querendo mesmo é uma cerveja. Gelada. Levanto, bebo uns quatro copos d´água. A fome dá pra enganar. A sede passa por uns 15 minutos. É só deitar antes disso e dormir. Até amanhã...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

tinto ou branco

Ia ficar duas semanas, no mínimo, internado. Um bêbado o atropelou no passeio. Nesse período mudamos o local de nossos encontros diários, antes no Bar da Galinha, para o quarto 402 do hospital. Saperoco, apesar de já uns 8 quilos mais magro, meio cabisbaixo, não perdia o bom humor. No primeiro encontro no quarto:
– E aí, vão de tinto ou branco - disse apontando para os tubos, um que recebia sangue, e outro soro.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

ô álcool

Passando por Barão de Juparanã, distrito de Valença, no interior do estado do Rio. Estrada de chão batido. Vem uma brasília dourada e passa direto na curva. Carro de cabeça para baixo, vou, preocupado, atender o cidadão. – Machucou? Quase engasgo com o cheiro de álcool que exala pra fora do automóvel. – Anahehikhjhahn, é o grunhido que entendo. – Rapaz, vamos sair do carrro, disse dando uma de preocupado. – Tem que desligar o pára brisa, tem que desligar o pára brisa, repetia o sujeito. Pra ter paciência com bêbado, só estando mais bêbado. E nesse dia (ou melhor, nesse horário) eu (ainda) estava sóbrio. Enquanto não falei que desliguei o pára brisa o danado não saiu do carro, por fim, à força, ele saiu. Só não ficou em pé. No final ele falou, “você desligou o pára brisa mas deixou o carro ligado”. Deixei ele lá, feliz da vida, sem entender o carro de cabeça pra baixo, querendo abrir a tampa traseira. Eu precisava de uma talagada.

rotina

Segunda-feira. 7:30h.
- Desce uma fanta e um pão com manteiga!
- É pra já, Sultão.
Sultão abre a latinha de fanta completa o copo. Completa porque antes tinha aberto sua garrafa de vodca e preenchido metade do copo com o destilado. Era assim todos os dias, durante mais de 25 anos. Morreu sem se considerar alcoólatra. Atropelado.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fla x Bota

Hoje foi dia de maraca. Mengo venceu o botafogo por dois a um. Segundo os botafoguenses, roubado, pra variar. Para os flamenguistas, ô ô ô, vice de novo! Volta pra casa. Metrô. Botafoguense revoltado. Com os flamenguistas. “Time de merda!!”, bradava insistentemente. Batia na porta e gritava, quero ver entrar flamenguista aqui, ó, quero ver, se entrar aqui eu destruo. No fundo do vagão, umas vozes. “calma”, “menos”. Até então só tinha botafoguense no vagão. Entra um flamenguista, ainda por cima gringo. O cidadão que gritava parou. Num falou mais nada. Não entendi. A bravura dele sumiu. Mas voltou. Estação de transferência, uns poucos (três) flamenguistas já no final da escada rolante, subindo. Eis que a coragem aparece novamente. “flamenguista, enfia essa camisa no cu e roda”. Risadas do alto da escada. “quê que cês tão fazendo aqui, vão tomá no cu”. Só xingava. Fiquei satisfeito de assistir a partida na torcida do flamengo. Ô caboquinho chato.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

sustentabilidade

- Dúvido! - Assim inicia o que presencio. O outro, não muito preocupado, só pergunta - Quantos chopps? Antes mesmo de esperar a resposta, vira, em quatro segundos, 600ml de cerveja, num copo "especial", com uma boca mais larga que o de costume. eu num viro um chopp, de 300ml em 10 segundos. Mérito pro cidadão de bar. Passou a noite bebendo de graça (inclusive os 600ml), às custas dos curiosos. É a prática sustentando o vício. E com estilo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Um brinde!


Abre-se a primeira cerveja do bar... O buteco é pessoal, mas os amigos com certeza participarão. Não necessariamente lendo ou comentando, que isso não posso garantir, mas se são amigos, vão estar nos bares da vida, o combustível disso daqui. A vantagem do blog é que funciona 24 horas, todos os dias da semana, diferente da maioria dos bares, que fecham antes da saideira (lá pras sete, oito da manhã, sem contar os que fecham 3 da noite, um absurdo...). A desvantagem é que só fala de buteco, mas não tem o atrativo principal, a cerveja e demais companheiros alcoólicos. Nada que não impeça – ou melhor, obrigue –, entre uma postagem e outra, dar uma bebericada...