quarta-feira, 1 de outubro de 2008

volta ao lar

Tem um tempo já que não aparecia por aqui. Alguns me perguntam se é porque não estou bebendo. Antes fosse. Na verdade, quanto mais eu bebo, menos tempo tenho pra postar. Bons tempos eram os do Panamá, em que eu tomava um gole e clicava no enviar postagem. Bons tempos.

Outro dia, lá na Tamoios, no Flamengo, numa ida ao banheiro me deparo com um camarada com seu computador, mostrando as fotinhas do Orkut que ele tirou no bar. Coisa de boiola - nada contra os boiolas, antes que me chamem de preconceituoso. Mas bateu uma baita saudade do Panamá. Mais de mês que não apareço por lá. Aposto – mas perco – que seu Manoel está morrendo de saudades do cajibrina aqui. Macarrão então, outro dia me ligou – a cobrar, e por isso não deu pra atender. Mesmo com crédito ia ser complicado, porque podia não ser saudade, mas cobrança. Coisa de 200 reais a dívida. Nem é muito pro que já bebi lá. Mas cada pouquinho que junto de dia, à noite vai embora no primeiro bar.

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Tava falando antes aqui no blog, que tava parando de beber – na verdade tentando diminuir. Comecei pensando em não beber durante um tempo, coisa de um mês. Percebi no segundo dia que era impossível. Mas fui esforçado, precisa dar uma emagrecida, porque a única coisa precedida por artigo feminino que me olhava era a cerveja. Nem a cachaça paraibana que ganhei de uma amiga, que fico conversando com ela em momentos de solidão em casa, tem um nome feminino. Dureza.

Mas aí tentava. Antes mesmo da tática do
“estou dirigindo” (que deu muito certo e tive que parar de usar), fui visitar uma parentada em Minas, mais especificamente em Barbacena. Aniversário de criança, afilhada, pensei comigo, além de não beber vou aproveitar e estudar no sábado de manhã, antes do pessoal levantar.

Cheguei na sexta à noite, coisa de nove horas. Cervejinha rolando, mas resisti. Na verdade estava acabando, e como restava uma latinha, peguei uma e estava me forçando a ficar satisfeito.

Escuto aquela voz do diabo – na verdade era o Saperoco –, vindo lá de fora. Chega aqui cajibrina, vê se a cerveja já gelou. Um freezer, coisa de uma caixa de cerveja. Ai, ai.

- Tá quente, vamos dormir.

- Então senta aí, vamos esperar gelar.

- Não... esperar gelar vai demorar... ... ... ... pega logo do jeito que está e esperamos gelar bebendo ela meio quente ainda.

Não deu. Tentei, fui insistente, mas acabei tomando a cerveja. Por fim – antes fosse – acabou a cerveja. Mas nesse meio tempo chega o Pantaleão. Antes de acabar a cerveja já tinha rolado o convite pra uma saideira num buteco perto. Fui. Cinco saideiras e o buteco fecha. Sei que fui parar num tal de Tanamira, buteco misturado com paintball. Mas o melhor é que não fecha.

Cachacinha pra lá, cachacinha pra cá, mais algumas cervejas e Pantaleão diz que vai dormir no carro. Fico lá conversando com o dono, que nem imagino o nome agora. e chega irmão do Panta, o Alemão. Mal, cabisbaixo.

- Quê foi meu camarada, que cara é essa?

- Porra – pega o cigarro e joga no chão. Nunca mais fumo – pisa no cigarro.

- Boa, fumar é uma merda mesmo. Mas o que houve?

- Pô - pega o cigarro do chão. Agora já foi, depois eu paro de fumar... negócio aí duma amolescência... já aconteceu contigo?

- Não – mentindo.

- Porra, tô fudido então. Fiquei broxa – volta a jogar o cigarro no chão. É essa porra do cigarro, vou parar de fumar. Aqui - falando mais baixo – num fala pra ninguém não hein cara? – e continua – Valderrama, chega aqui! Cê não sabe o que me aconteceu – gritando – deu uma amolescência com aquela morena, mulé mais gostosa que eu arrumei. Metade do bar ouve.

Final das contas, lá pras 10 da manhã, Quiroga vem do carro perguntar o que ouve com o irmão, que ficou sabendo no estacionamento da tal amolescência.

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Dia seguinte foi a festa. Deitei umas 10 e meia e meio-dia já levantava, ainda tonto. Almocei uma cerveja.

5 comentários:

Clementina disse...

o bom das postagens aqui, é que os personagens começam o relato com um nome e terminam com outro. deve ser pq sobriedade não combina com o dono.

Clementina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tyler Durden disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tyler Durden disse...

Já fui Rei em Barbacena!

Rei Mômo no carnaval de 1997!

Mentira, fui atras de uma loirinha do movimento estudantil que morava atrás do cemitério da Boa Morte!

Só que comigo foi paudurecência full time, mesmo com aquele frio da moléstia que faz nessa zorra! sou terrível nessas coisas!

Anônimo disse...

ahh para