sábado, 23 de agosto de 2008

parando de beber

Estava definido. Tinha que perder pelo menos seis quilos. Num tem sido uma tarefa fácil. Quanto mais penso em emagrecer, mais engordo. Parece que é psicológico. O dia que você esta esquecendo chega no trabalho e “você tá fofinho hein?!”. Decidi então que beber agora (até perder o peso) só final de semana (de quinta a domingo). Mas não é tarefa fácil. Depois de uma certa fama (sem méritos, as pessoas exageram) você não beber se torna ofensa.

Segunda.

– Não vou beber hoje não

– Ah! Fala sério. Enchem o copo e não dá pra recusar, ainda mais desperdiçar um copo de cerveja.

– Bom, colocando o copo de lado – mas não impossibilitando o acesso a ele, aí é querer demais. Alguém enche. Mais um. Depois do terceiro a dieta alcoólica fica pra terça.

Terça.

– Pessoal, não posso nem beber hoje. Estou tomando um remédio aí, se não corta o efeito e aí é mais remédio, mais dias sem beber, resumindo, mais problema – já prevendo que se falo apenas que não estou bebendo, não teria êxito.

– Deixa disso. É antibiótico? Se não for não tem problema nenhum, é mito – sempre aparece um na mesa metido a médico, que entende das coisas, e desce cerveja. Nem tento discutir, já estava mesmo com sede...

Quarta.


Bebi segunda, bebi terça, já vinha bebendo desde num sei quanto, já teria mesmo que voltar a beber na quinta, um dia não faria diferença. Já me adiantei, abri a cerveja e eu mesmo me servi.

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