segunda-feira, 17 de março de 2008

bebida alumia as idéias

Cinco amigos. Um deles diz ter uma grande idéia. Conta. Os outros três riem e continuam bebendo. Não tocam no assunto durante umas quinze cervejas e meia garrafa de Barril 39.

Do nada, Manguaça (que já tinha virado super-homem) lança a pergunta. – E a idéia lá, de ir no Fiorentina?

– Ué, pensei que não tinham me levado a sério pô, ninguém falou nada.

– Bom, agora já dá pra pensar. Antes nem rolava..

– Então vamos lá! Quem vai ser o cego? Todos apontaram para o Bebudo, o mais cachaceiro de todos e o mais perto de um ator.

Entraram no Fiorentina, lugar bem diferente dos butecos freqüentados pelo grupo. Não porque era longe ou outra coisa, mas porque era mesmo muito caro, fora da realidade dos quatro. Um, meio jornalista, vivendo de free lancer. Outro, o Bebudo, engenheiro, mas largou a profissão pra se dedicar a um monte de coisas. Nenhuma delas dava dinheiro. Completavam o grupo um sambista e psicólogo, um advogado desempregado e o Manguaça, que dispensa apresentações.
Sentam, pegam o cardápio. Nem pensam em chopp, escolhem logo uísque. O mais caro. Bebem, comem até caviar. Na verdade olharam o menu só pra saber o que era mais caro. O sambista, o advogado e Manguaça vão ao banheiro. O jornalista, que embora fosse quem tinha dado a idéia, era o mais medroso, foi para fora do bar (segundo ele, deu a idéia, tem seus privilégios). O sambista, o advogado e Manguaça vão ao banheiro.

Nisso, Bebudo, que já entrou de óculos escuro (agora já era noite) e bengala, começa a gritar. – Onde estão meus amigos, eles me deixaram sozinho!!! E dá-lhe bengalada para todos os lados, quebrando boa parte do que estava ao seu redor. Muito de propósito e outra boa parte porque já estava bastante bêbado.

Chega garçom, chega gerente, tentando acalmar o cego. Corre-corre dentro do restaurante. Mas ele nada de parar com a gritaria. Saem do banheiro os três que o acompanhavam e o gerente pede, quase suplicando, pra levarem ele embora.

Encontram com o jornalista do lado de fora, meio aflito até a chegada dos quatro. Ao ver os quatro, cai na gargalhada. De nervoso, apesar de bêbado.

Terminam a noite fazendo contas. De quanto deixaram de pagar.

4 comentários:

Faber disse...

=0
cadê meu queixo?

Anônimo disse...

E voce acha isso bonito?

Depois reclamam dos nossos parlamentares.

Eles são apenas reflexo da nossa sociedade.

Letícia disse...

Não é que ele teve coragem de contar...

Anônimo disse...

Eu não acredito que estou fazendo parte deste blog!

E, o pior, com um apelido da época de faculdade, mas que todo mundo consegue saber quem é.

Vou te falar viu. Vou ligar pra Anatel já! (Será que atende?!)