domingo, 9 de março de 2008

dia-a-dia

Hoje em dia nem em bar se tem sossego mais. Estava lá, sentado, sozinho (de propósito) e antes da segunda golada na cerveja um vizinho de mesa puxa papo. A explicação dele foi, abre aspas, vi você sozinho e pensei, vou perturbar esse cara. Tá sozinho deve querer conversar, fecha aspas. O grupo já estava bem, eram dois caras mais um casal. Provavelmente sem papo, mas estavam bem. Num precisam de mais uma pessoa pra ficar interessante a noite deles. Ainda mais eu.

Conversa vem, conversa vai, falei que conhecia Valença. Meu sotaque sempre entrega minhas origens. E não pra minha surpresa, que isso já é normal, eles conheciam pessoas de Valença. E, saiu da boca deles, “todo lugar que a gente vai tem alguém de Valença”. Aí ontem (a ida ao bar foi antes de ontem) estava tomando uma cerveja com umas pessoas, acreditem, de Valença. E o primeiro ponto de pauta da conversa foi que valenciano tem em todo lugar, onde quer que você esteja. E nunca tem sempre uma pessoa de Valença. Tem a que está no lugar e a que vê. Somou, pelo menos duas. Aí começaram as histórias:

História um: Fui pra Amazônia e lá não encontrei com o Quiroga, que descobri estava morando nos Estados Unidos, jogando vôlei e de férias na Amazônia?

História dois: Eu fui mais perto, estava em Castelhanos, uma praia escondida no Espírito Santo, e encontrei com uma galera, que tinha alugado uma casa lá. Mais de 15 valencianos juntos, fora eu.

História três: Pô, e aqui no Rio? Toda esquina tem um valenciano. Eu encontro todo dia com pelo menos uns três. Isso no flamengo e Catete ali. Quando vou em Copacabana, pode adicionar mais uns dois encontros.

Aí cada um inventava um lugar e falava que encontrava alguém. Num vou ficar aqui escrevendo histórias que mudam apenas o nome do local. Três já foram demais. Muito provavelmente começaram a mentir, pra ver quem tinha mais história. Todos já concordavam que valenciano era igual praga, quando você menos espera aparece, etc., mas não cansavam de inventar histórias. Eu cansei.

Cansei mas ainda escutei muita história. Quem mais falava era o dono da casa. E da cerveja. Eu lá, cansado, doido pra cerveja acabar pra ir embora. Acabou. Aparece outra geladeira na casa cheia. Cheguei lá por volta das três da tarde e só pude sair umas duas da manhã. Cansado mas satisfeito. A cerveja acabou.

2 comentários:

Faber disse...

Talves seja interessante pesquisar o fenômeno da emigração em massa de Valença. Vou me interar do assunto...

Abraço!!!

Faber disse...

TalveZZZZZZ